Em 15 anos, a queda da TV Globo
Por Altamiro Borges
A TV Globo segue fazendo “corações e mentes” dos brasileiros e agendando a política no Brasil. Na fase recente, ela foi a principal protagonista do golpe midiático-judicial-parlamentar que depôs a presidenta Dilma Rousseff e alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer. Ela também é o sustentáculo do “Partido da Lava-Jato”, que levou à prisão política de Lula, o maior líder popular da história do país, e à perigosa criminalização da política – um passo do fascismo. Mas todo este poder sofre abalos em função da explosão da internet e da sua própria perda de credibilidade, entre outros fatores. É o que constatou o colunista Ricardo Feltrin, em matéria postada na semana passada no site UOL. Os números são impressionantes:
“Dados exclusivos obtidos pela coluna mostram que, a despeito de permanecer como líder isolada em audiência na TV, a Globo tem perdido público nas últimas décadas em SP – principal mercado publicitário do país. Nos últimos 15 anos, por exemplo, a emissora perdeu a sintonia de ao menos 30% das TVs ligadas no país na faixa horária das 7h à 0h. Vejam, isso não se trata de perda em pontos de ibope (que também caiu, aliás), mas sim do chamado ‘share’: a participação de uma emissora no universo de TVs ligadas... Em 2004, um dos grandes anos em público da TV Globo, a emissora somava 50% de share na faixa das 7h à 0h. Ou seja, nesse período, metade de todas as TVs ligadas na Grande São Paulo estava sintonizada nela. Este ano, na média até o dia 2 de maio, esse índice está em 35,1%”.
Conforme aponta Ricardo Feltrin, essa acentuada queda não significa que a TV Globo não tem mais influência na sociedade – ou que os seus patrões, os filhos de Roberto Marinho, estejam mais pobres. “A hegemonia da emissora ainda é tão grande que não há como vislumbrar nem no médio nem no longo prazo alguma outra emissora que possa ameaçar sua liderança. Além disso, nos últimos quatro anos, especificamente, a Globo tem recuperado paulatinamente uma parte da audiência perdida... São vários possíveis motivos para a queda de público da TV Globo aberta. Certamente um deles é a expansão e popularização da internet e das redes sociais nas últimas duas décadas. As pessoas estão se ocupando com outras coisas, além da TV”. O outro motivo, que o colunista não menciona mas que é sempre enfatizado pelo sociólogo Emir Sader, é a sua crise moral, a sua perda de credibilidade.
Veja abaixo a média histórica em share (%) da TV Globo desde 2000 (em SP, das 7h à 0h):
2000 - 43,9%
2001 - 45,2%
2002 - 46,9%
2003 - 48,7%
2004 - 50,1%
2005 - 47,3%
2006 - 47,4%
2007 - 43,0%
2008 - 39,5%
2009 - 40,9%
2010 - 38,8%
2011 - 38,5%
2012 - 37,1%
2013 - 35,6%
2014 - 32,2%
2015 - 31,0%
2016 - 32,0%
2017 - 33,7%
2018 - 35,1% (até dia 2 de maio)
A TV Globo segue fazendo “corações e mentes” dos brasileiros e agendando a política no Brasil. Na fase recente, ela foi a principal protagonista do golpe midiático-judicial-parlamentar que depôs a presidenta Dilma Rousseff e alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer. Ela também é o sustentáculo do “Partido da Lava-Jato”, que levou à prisão política de Lula, o maior líder popular da história do país, e à perigosa criminalização da política – um passo do fascismo. Mas todo este poder sofre abalos em função da explosão da internet e da sua própria perda de credibilidade, entre outros fatores. É o que constatou o colunista Ricardo Feltrin, em matéria postada na semana passada no site UOL. Os números são impressionantes:
“Dados exclusivos obtidos pela coluna mostram que, a despeito de permanecer como líder isolada em audiência na TV, a Globo tem perdido público nas últimas décadas em SP – principal mercado publicitário do país. Nos últimos 15 anos, por exemplo, a emissora perdeu a sintonia de ao menos 30% das TVs ligadas no país na faixa horária das 7h à 0h. Vejam, isso não se trata de perda em pontos de ibope (que também caiu, aliás), mas sim do chamado ‘share’: a participação de uma emissora no universo de TVs ligadas... Em 2004, um dos grandes anos em público da TV Globo, a emissora somava 50% de share na faixa das 7h à 0h. Ou seja, nesse período, metade de todas as TVs ligadas na Grande São Paulo estava sintonizada nela. Este ano, na média até o dia 2 de maio, esse índice está em 35,1%”.
Conforme aponta Ricardo Feltrin, essa acentuada queda não significa que a TV Globo não tem mais influência na sociedade – ou que os seus patrões, os filhos de Roberto Marinho, estejam mais pobres. “A hegemonia da emissora ainda é tão grande que não há como vislumbrar nem no médio nem no longo prazo alguma outra emissora que possa ameaçar sua liderança. Além disso, nos últimos quatro anos, especificamente, a Globo tem recuperado paulatinamente uma parte da audiência perdida... São vários possíveis motivos para a queda de público da TV Globo aberta. Certamente um deles é a expansão e popularização da internet e das redes sociais nas últimas duas décadas. As pessoas estão se ocupando com outras coisas, além da TV”. O outro motivo, que o colunista não menciona mas que é sempre enfatizado pelo sociólogo Emir Sader, é a sua crise moral, a sua perda de credibilidade.
Veja abaixo a média histórica em share (%) da TV Globo desde 2000 (em SP, das 7h à 0h):
2000 - 43,9%
2001 - 45,2%
2002 - 46,9%
2003 - 48,7%
2004 - 50,1%
2005 - 47,3%
2006 - 47,4%
2007 - 43,0%
2008 - 39,5%
2009 - 40,9%
2010 - 38,8%
2011 - 38,5%
2012 - 37,1%
2013 - 35,6%
2014 - 32,2%
2015 - 31,0%
2016 - 32,0%
2017 - 33,7%
2018 - 35,1% (até dia 2 de maio)
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