AMORIM: É RAZOÁVEL SUPOR QUE HAJA O DEDO DE WASHINGTON NA CAÇA A LULA - VÍDEO
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Presente no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC nos últimos dias de liberdade de Lula, o ex-ministro das Relações Exteriores avalia, em entrevista à TV 247, que considera ter havido influência externa na perseguição contra o maior líder político brasileiro dos últimos tempos; “Acredito que há muitos setores conservadores no Brasil que também não gostem do ex-presidente, mas acho razoável que tenha um dedo de Washington nessa condenação sim”, diz; sobre as provas usadas no processo, ele ressalta: "isso não existe, isso mancha a credibilidade brasileira"; assista.
BRASIL 247 -Ministro das Relações Exteriores durante o governo Lula, Celso Amorim concedeu entrevista à TV 247 na última quinta-feira 12, na qual destacou as influências externas que culminaram no cárcere político do ex-presidente Lula, o impacto da prisão de Lula no mundo e temas relacionados a uma possível terceira guerra mundial.
O ex-ministro passou os últimos dias com Lula no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, antes de o ex-presidente se apresentar à Polícia Federal, e disse que sua maior característica é a humanidade. “Ele se preocupando se todos ao redor dele estavam bem, se haviam comido direito, e consolava outras pessoas que estavam preocupadas. Isso é impressionante”, observa o ex-chanceler.
O ex-ministro desconstrói os argumentos que a Operação Lava Jato e o juiz Sergio Moro usaram para condenar o ex-presidente. “Provas de que ele supostamente usou um pedalinho no sítio ou um triplex, isso não existe, isso mancha a credibilidade brasileira. Eu sinceramente não queria ser ministro neste momento da história”, afirma.
Em relação a uma possível influência imperialista na prisão de Lula, Celso Amorim considera que há intervenção no processo. “Acredito que há muitos setores conservadores no Brasil que também não gostem do ex-presidente, mas acho razoável que tenha um dedo de Washington nessa condenação sim”, conclui.
Ao analisar os conflitos externos, ele afirma que a tensão entre Estados Unidos e Rússia é a mais significativa desde a crise dos mísseis. “Essa trocas de agressões verbais e físicas são intensas, eu não me recordo de ver diplomatas expulsos e embaixadas sendo fechadas”, diz.
Por que a ex-potência soviética incomoda tanto? Amorim explica que um dos motivos é o fato de a Rússia ser estratégica no mapa da geopolítica por ter um poderio militar imenso, por isso incomoda tanto as grandes potências.
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