"Só uma coisa vai me tirar das ruas desse país e será no dia que eu morrer. Até lá estarei lutando por uma sociedade mais justa", disse Lula, emocionado.
Cerca de 70 mil pessoas se aglomeraram nas imediações da chamada Esquina Democrática para ouvir o discurso do ex-presidente, que afirmou que não falaria sobre o processo, e sim sobre o país. "Não vim aqui pra falar do meu processo, primeiro porque tenho advogados competentes que já provaram minha inocência, segundo porque acredito que meus juízes vão se ater aos autos do processo. Eu vim aqui falar de esperança, de sonhos. Vim falar da soberania nacional", disse Lula ao iniciar sua fala.
"As pessoas tem que entender que não estou preocupado comigo. Estou preocupado com o povo brasileiro. Eles estão desmontando o Prouni, o Fies, as escolas técnicas", destacou o ex-presidente, enumerando os retrocessos que sucederam o golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff, que também acompanhou o ato.
Milhares de apoiadores do ex-presidente começaram a chegar nesta segunda-feira (22) a Porto Alegre. Diversos movimentos sociais como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) marcharam até a cidade para demonstrar solidariedade a Lula e defender seu direito de ser candidato. "Também queria cumprimentar os companheiros da Argentina, do Uruguai, da Itália, de Portugal, da República Dominicana e da Venezuela que estão aqui com a gente", agradeceu Lula.
Caravana
O ex-presidente ressaltou que tem intenção de voltar ao estado do Rio Grande do Sul em fevereiro para mais uma etapa da caravana Lula Pelo Brasil.
Julgamento
Nesta quarta-feira (24), Lula deve acompanhar o julgamento em São Paulo. Mais tarde, ele participa de um ato na Praça da República, às 16h.
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