"Se prenderem Lula, ele vai ser candidato preso. Lula vai ser candidato de todo jeito. Mesmo preso. Vamos colocar isso para o povo. Se eles acham que prendendo vão tirar Lula da eleição, já tomamos nossa decisão. A gente quer que o povo opine sobre o que está acontecendo. Ele vai ser um candidato mais forte ainda", diz o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que disse que o Judiciário faz parte do golpe e prega uma rebelião cidadã.
247 – Em entrevista à jornalista Catia Seabra, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) avisa que o ex-presidente Lula será candidato à presidência da República, mesmo na hipótese de prisão. "Se prenderem Lula, ele vai ser candidato preso. Lula vai ser candidato de todo jeito. Mesmo preso", disse ele. "Se prenderem o Lula, aí, meu amigo, é vitória no primeiro turno. Vai haver uma comoção neste país".
Na entrevista, ele também falou sobre o golpe continuado contra a democracia brasileira e pregou uma rebelião cidadã. "Somos vítimas de um golpe. Após a ditadura, foi estabelecido na Constituição um pacto pela redemocratização: voto soberano, eleição livre e democrática. Começaram a romper esse pacto com o afastamento da Dilma. Agora, querem nos tirar para fora do jogo. Querem impedir a candidatura do Lula, sem prova. Só tem uma arma possível neste momento: apostar tudo nas mobilizações de rua", afirma.
O Judiciário, diz ele, é parte do golpe. "Os advogados têm que fazer o trabalho deles. Não tenho ilusão. O sistema judicial que está aí faz parte do golpe. Estão fechando os caminhos institucionais. As pessoas têm ilusões, achando que, no momento que querem nos matar, a gente tem que fazer unidade. Temos que nos preparar para enfrentar o inimigo. Tem que ter uma rebelião cidadã. O PT e a esquerda têm que se reorganizar. Não é ficar apostando na via institucional. Sem povo nas ruas, a gente não derrota esse golpe."
O senador lembrou ainda que Lula tem como tocar a campanha até bem perto da eleição. "Estou com a regra eleitoral na minha mão. Sabe quando o TSE pode impugnar o Lula? Dia 12 de setembro, se não atrasar um dia. Até lá é campanha na TV, programa eleitoral", afirma. "Na hipótese de prisão, vamos fazer por ele. Tem programa dele, gravações. Vai aparecer o povo falando. Vamos fazer um escarcéu. Vamos dizer que a prisão é uma injustiça que só o povo pode corrigir."
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