Votos para 2018

DANIEL SAMAM

Votos para 2018

Que 2017 foi um ano muito difícil, não há dúvidas. Provavelmente, para muitos, não será de boas lembranças. Vivemos uma das piores crises políticas e econômicas da nossa história, já com desdobramentos e consequências alarmantes no campo social.
Mas, é preciso apontar que também houve resistência, muita luta, deixando claro os sinais de unidade e a necessidade em se debruçar na construção de um projeto estratégico, de um projeto de Nação para o Brasil é vital. Para 2018, temos que ter a clareza que haverá de se fazer um esforço no sentido da construção de um grande pacto das forças políticas para virar a página de retrocessos, de golpes e retomar o caminho da democracia e do desenvolvimento.
Não há dúvidas de que o Brasil, junto ao seu povo, têm um potencial enorme de superar a crise para voltar ao caminho do desenvolvimento. Mas, para isso, é necessário resgatar o funcionamento das instituições, a partir da garantia da realização de eleições livres em 2018, onde o povo possa exercer o direito de definir seu destino através do voto. E o mais importante, que este direito seja respeitado pelos agentes econômicos, judiciais e políticos.
Para isso, precisaremos de muito engajamento, de muitas mobilizações, de muita disputa política por parte da sociedade civil, dos movimentos sociais do campo e das cidades, dos partidos políticos ao ponto de que as eleições, seja para o legislativo (deputados estaduais e federais) ou para as majoritárias (governadores, senadores e presidente), ganharem um caráter plebiscitário sobre qual projeto de país o povo brasileiro optará. Será luta de classes na veia.
Nesse sentido, é de vital importância a unidade de todos os setores da sociedade comprometidos com um projeto de desenvolvimento, de inclusão com soberania e justiça social na defesa da candidatura do companheiro Lula, pois é através da defesa de Lula ser candidato é que poderemos restabelecer a democracia. Caso eleito, em janeiro de 2019, Lula possa, como já se comprometeu publicamente em diversas ocasiões, convocar um referendo revogatório de todo o entulho antissocial, imposto pelo consórcio golpista, contra a vontade do povo brasileiro.
Concluindo. Em 2018, a Constituição cidadã completará 30 anos. Que isso inspire a classe política a se esforçar na construção de um pacto social que, mesmo não atendendo a todas as nossas expectativas, aponte para a retomada da democracia e do desenvolvimento com geração de emprego, renda e inclusão social.
Que venha 2018!

Ricardo Stuckert

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