Para entidades como a União de Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil e a Associação de Ritos e Cultos Ancestrais no Brasil (Arcan), no entanto, Uzêda não tem legitimidade para atuar em nome dessas religiões.
"É uma figura folclórica que não é de hoje. Não é sacerdote reconhecido. Nenhum sacerdote sério agiria dessa forma. Fez uma coisa teatral. Se fosse sério, não falaria sobre recomendação espiritual a não ser que Temer fosse em uma consulta. Mesmo assim, do ponto de vista ético, não poderia tornar essa coisa pública", afirmou ao jornal O Globo o babalawo Ivanir dos Santos. Para o religioso, esse tipo de gesto exercido por Uzêda, que é um velho conhecido dos políticos de Brasília, prejudica a imagem do Candomblé e da Umbanda diante da sociedade.
Quando Uzêda subiu no palco em que Temer faria um discurso, o peemedebista se mostrou surpreso, abriu os braços e se deixou ser benzido. Após a convenção, no entanto, o suposto pai de santo revelou que sua presença ali não era, necessariamente, uma surpresa. Ele afirma que foi à convenção a convite do PMDB e que o partido custeou sua hospedagem na capital federal. O hotel em que Uzêda ficou hospedado confirma. O partido de Temer, por sua vez, nega, mas não deu mais nenhum detalhe sobre como o homem teve acesso ao evento e ao palco em que Temer discursava.
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