Moniz Bandeira: patriota e anti-imperialista
Luiz Alberto Moniz Bandeira dedicou sua vida ao Brasil e à luta contra o imperialismo. Sua vida e sua obra são testemunhos desta dedicação.
Foi jornalista desde jovem. Trabalhou no Correio da Manhã, no Diário de Noticias e na Última Hora. Como jornalista, teve a oportunidade de conviver e de entrevistar as mais diferentes personalidades brasileiras, entre elas Jânio Quadros, e estrangeiras, como Che Guevara. Assim desenvolveu a capacidade e o hábito de analisar e interpretar os acontecimentos e de procurar sobre eles se documentar.
Foi professor titular de História na Universidade de Brasília. Foi militante político da POLOP, preso, condenado e anistiado. Lutou na clandestinidade. Escreveu um de seus primeiros livros, "Presença dos Estados Unidos no Brasil", quando se encontrava preso.
O eixo de seu pensamento e de sua obra, de mais de 30 livros, traduzidos para o inglês, o alemão, o russo, o chinês e o espanhol, centenas, se não milhares, de artigos e de entrevistas, pode ser resumido em três palavras, os três desafios para o Brasil: desenvolvimento, democracia e soberania.
Três desafios profundamente entrelaçados e que não podem ser vencidos isoladamente.
"Em João Goulart: as Lutas Sociais no Brasil" e em seu livro sobre Jânio Quadros, Moniz Bandeira se apresenta como democrata convicto e autêntico e como um lutador pelo desenvolvimento do País, assim como em suas obras sobre a integração latino e sul-americana.
É em sua analise do imperialismo e das relações entre o Brasil e a potência imperial, os Estados Unidos, e sobre o império americano e sua ação, que se encontra sua principal contribuição como intérprete da realidade política e como historiador, imparcial e preciso, mas militante.
Luiz Alberto nos deixou. Sua obra sobrevive como guia e farol para todos aqueles que lutam por um Brasil mais justo, desenvolvido, democrático e soberano.
23 de Novembro de 2017
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