Os advogados do ex-presidente Lula entraram nesta segunda-feira 30 com mandado de segurança no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) contra o juiz Sergio Moro, que teria cometido ilegalidades ao não destruir gravações telefônicas que estariam protegidas pelo sigilo profissional garantido por lei a advogados; entre os áudios, há conversas em que Cristiano Zanin Martins dá orientações jurídicas ao ex-presidente; a defesa destaca que a Polícia Federal analisou "as estratégias jurídicas discutidas entre os advogados do escritório" e diálogos dos advogados com Lula e pede que 462 áudios específicos relacionados ao escritório dos advogados sejam inutilizados.
247 - A defesa do ex-presidente Lula entrou nesta segunda-feira 30 com mandado de segurança no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) apontando ilegalidades cometidas pelo juiz Sergio Moro.
Os advogados alegam que Moro não destruiu gravações telefônicas que estariam protegidas pelo sigilo profissional garantido por lei a advogados. Entre os áudios, existem conversas em que o advogado Cristiano Zanin Martins dá orientações jurídicas ao ex-presidente.
"Referidas autorizações de interceptação resultaram na gravação de — inacreditáveis — 111.024 (cento e onze mil e vinte e quatro) chamadas, em um total de 417h30m51s (quatrocentas e dezessete hora, trinta minutos e cinquenta e um segundos) de duração", diz o documento.
A defesa destaca que a Polícia Federal analisou "as estratégias jurídicas discutidas entre os advogados do escritório" e diálogos dos advogados com Lula. O documento pede que áudios específicos relacionados a 462 ligações telefônicas grampeadas por meio do telefone central do escritório dos advogados sejam inutilizadas.
O mandado de segurança lembra que Moro autorizou, no começo de outubro, a divulgação destes telefonemas para o Ministério Público Federal e outros investigados no mesmo processo em que os grampos foram ordenados e que isso é uma ilegalidade cometida pelo juiz, pois, se as ligações "foram captadas de forma ilegítima, elas deveriam ter sido inutilizadas há muito tempo".
Acesse aqui à íntegra do mandado de segurança e
aqui nota divulgada pela defesa.
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