Dilma afirmou que “não é só a transferência de renda que reduz a desigualdade. A educação é fundamento da redução da desigualdade, da pobreza e da miséria". "Vamos ter que fazer voltar o relógio, mas temos que discutir qual será o melhor caminho. Sem ciência básica, sem tecnologia e sem inovação não vamos longe", afirmou Dilma, durante o encontro com os reitores.
O encontro em Minas Gerais reuniu Lula, Dilma, Haddad, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, senadores e deputados do partido e integrantes do governo do estado com mais de 30 reitores de universidades, diretores de institutos federais e representantes do governo do estado de Minas.
Os reitores de universidades e diretores de institutos federais reclamaram de cortes de verbas. As universidades federais estão sendo autorizadas a receber do orçamento federal apenas recursos de custeio, mesmo assim parciais, reclamaram os reitores. O Orçamento de 2018 prevê investimento zero para as universidades federais - os reitores reclamam de "mendigar" recursos. "Assinamos documentos que não são cumpridos”, dizem eles.
“Eu repudio a tese, defendida pelo atual ministro ilegítimo da Educação, segundo a qual o Brasil vive uma orgia fiscal. É mentira", afirmou Dilma. Segundo a presidente, a questão do teto de gastos precisa ser enfrentada: "Se não discutimos os recursos, não discutiremos como e para quem gastar", disse ela. “Eles deram um golpe de estado porque divergiam do gastos em educação. Gastos que, por sinal, eram insuficientes", disse Dilma.
Assista à reunião de Lula e Dilma com os reitores:
Confira alguns dos comentários de Dilma sobre o tema:
“Não é só a transferência de renda que reduz a desigualdade. A educação é fundamento da redução da desigualdade, da pobreza e da miséria".
“Ciência, tecnologia e inovação só se crescem com muitos recursos".
“As questões que interessam são a pobreza e como vamos ficar ricos. O que vai responder a estas duas perguntas é a educação".
“É por isso que falar em orgia fiscal é um absurdo, é excluir os brasileiros".
“Nós precisamos de um salto tecnológico. Sem ele, não chegaremos onde é preciso".
“O ensino técnico é indispensável para formar os trabalhadores deste país para disputar mercado".
“Os golpistas interromperam tudo. A mais grave ameaça à democracia brasileira é decidir por 20 anos onde os governos vão gastar e quanto vão gastar"
“Não tenho preconceito de chamar de ‘gasto’ em educação. Tem que gastar, sim, e gastar muito!
“A lei de cotas vai acarretar gastos, vamos precisar de uma assistência gerenciada e isto exige verba. Não somos um país de olhos azuis, somos o último país que saiu da escravidão".
“Tem que fazer o sistema de cotas, tem que fazer o Mais Médicos, tem que fazer programas sociais".
“É muito importante a interiorização da educação. Precisamos ter clareza disso".
“Isto tudo exige recursos, e muitos recursos. Nem com nosso orçamento é possível fazer isto".
“Por isso, no modelo do pré-sal destinamos 75% da arrecadação à educação. Temos que brigar para o pré-sal ser nosso e temos que discutir o que tem que ser gasto em educação".
“Temos que discutir o estado mínimo. Estado mínimo é estado sem recursos, é estado sem impostos. Quem paga imposto no brasil é classe média e trabalhador. Rico paga relativamente menos imposto. Não se fará educação do tamanho que deve ser feito, como fazem os países desenvolvidos, sem estoque de arrecadação acumulado".
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