Cantor e compositor Caetano Veloso disse ter se sentido mal com a proibição de seu show na ocupação do MTST em São Bernardo do Campo, onde estão assentadas cerca de oito mil famílias; "Dá a impressão que não é um ambiente propriamente democrático", disse; proibição foi determinada pela juíza Ida Inês Del Cid, da 2ª Vara da Fazenda Pública de São Bernardo do Campo, que alegou motivo de segurança e que o local não tinha estrutura para um artista com o "brilhantismo" de Caetano; para Guilherme Boulos, líder do MTST e da Frente Povo Sem Medo, a Justiça deveria se preocupar em “pegar a quadrilha que está no poder no Brasil", em vez de proibir um apresentação musical; ato em defesa da ocupação teve a presença de vários artistas nesta noite.
O cantor e compositor Caetano Veloso deixou a ocupação Povo Sem Medo, em São Bernardo do Campo às 20h45, sem conseguir realizar o show anunciado pelos Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), por conta de decisão da
juíza Ida Inês Del Cid, da 2ª Vara da Fazenda Pública de São Bernardo do Campo.
Dizendo não conhecer as questões legais, Caetano afirmou se sentir mal com a proibição. “Dá a impressão de que não é um ambiente propriamente democrático”, declarou o compositor ao sair da ocupação. “É a primeira vez que sou impedido de cantar no período democrático”, disse ainda.
Para o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, a Justiça deveria se preocupar em “pegar a quadrilha que está no poder no Brasil", em vez de proibir um apresentação musical.
“Hoje aqui em São Bernardo do Campo mais uma vez a Constituição brasileira foi rasgada. É um absurdo, é censura, é ilegal. Para muita gente dentro do Judiciário o preconceito vale mais do que a lei. Se eles queriam nos provocar para uma ação violenta não conseguiram. Isso nos dá energia, nos dá ânimo”.
Boulos também criticou o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), que segundo o coordenador do MTST apostou no conflito. “Eu não sei o que ele tem na cabeça. Ele age com ranço, com preconceito”.
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