Já despontam as candidaturas de Geraldo Alckmin, pelo PSDB, João Doria, provavelmente pelo DEM, Henrique Meirelles, pelo PSD, Marina Silva, pela Rede, Alvaro Dias, pelo Podemos, e Jair Bolsonaro, pelo PEN. Seis candidatos que disputam dentro do mesmo espectro político. Uma parte considerável dos presidenciáveis da direita está imbricada com o golpe parlamentar de 2016 e dá sustentação ao governo de Michel Temer, que tem aprovação de apenas 4% da população.
Apoiar um ocupante da Presidência que é acusado de liderar uma organização criminosa já traz prejuízos ao capital político dos candidatos do campo conservador. É o caso dos tucanos Geraldo Alckmin e João Doria. Alckmin viu sua rejeição subir de 52% a 75% em um ano Já Doria, que abandonou a prefeitura para fazer campanha presidencial, viu seus índices negativos saltarem de 27% para 58%, segundo os dados da pesquisa Barômetro Político, do Instituto Ipsos (
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A mesma pesquisa também mostra o deputado Jair Bolsonaro pode ter feito um voo de galinha em sua corrida presidencial. O representante da ultradireita teve sua rejeição elevada de 56% para 63% em um mês (
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A profusão de candidaturas da direita traz como benefício direto o fortalecimento dos nomes do campo progressista. À esquerda, o nome mais forte é do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Vencendo os adversários em todos os cenários, Lula é vítima de uma caçada judicial e midiática que pretende inabilitá-lo da disputa. O porcentual da população que não concorda com a atuação de Lula caiu de 66% para 59%, enquanto a parcela da sociedade que o aprova subiu de 32% para 40%, a maior em dois anos de levantamento do instituto Ipsos.
Caso o ex-presidente venha a ser impedido de disputar a eleição presidencial, abrirá mais espaço para o ex-ministro Ciro Gomes, que, apesar das críticas direcionadas ao ex-presidente, pode ser o nome de consenso na esquerda.
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