Segundo o site venezuelano, participarão das manobras pelo menos 800 homens das Forças Especiais, denominadas Seal, do exército norte-americano. Recentemente, recorda o autor da matéria, depois do agravamento da crise venezuelana e das declarações de Donald Trump, dizendo não descartar a “solução militar” contra o governo de Nicolás Mauro, seu assessor de segurança Herbert McMaster esclareceu que os Estados Unidos não pensavam em ação militar direta, mas em apoiar qualquer iniciativa que partisse de nações do continente “para resgatar o povo venezuelano” do governo bolivariano. A operação militar conjunta, denominada América Unida, pode coincidir com a realização de eleições para governador nas províncias da Venezuela, marcadas para o início de dezembro, momento em que a temperatura política pode subir ainda mais na Venezuela.
“Ainda que do ponto de vista estratégico estas manobras não representem o início de uma invasão militar, na realidade, por detrás delas esconde-se um objetivo mais perverso, geopoliticamente falando. Ou seja, permitir um “melhor estudo” do teatro de operações sul-venezuelano para, no momento oportuno, empurrar para nosso território a maior quantidade possível de forças irregulares que contribuiriam para aprofundar o caos e a crise delinquencial neste espaço geográfico, com a possibilidade de criação de uma espécie de território sem autoridade, no qual operaria um “exército difuso” contra o governo central da Venezuela. Este é o formato que foi utilizado por eles no Norte da África, contra a Libia, e depois contra a Siria, hoje mergulhados no caos”, diz um texto do artigo.
O articulista menciona ainda uma resistência do comandante do Exército brasileiro, general Vilas-Boas, ao modelo da operação, que por isso estaria enfrentando pressões para renunciar ao posto.
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