A bomba no colo do STF: O que vale para o Aécio não vale para o Picciani?

A bomba no colo do STF: O que vale para o Aécio não vale para o Picciani?


VIOMUNDO
21 de novembro de 2017 às 15h46
Picciani é o homem do Aezão: um voto no Aécio, outro no Pezão
TRF determina que Picciani, Albertassi e Melo voltem para a prisão
O Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região determinou nesta terça-feira (21), em sessão extraordinária, que o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, e os deputados Edson Albertassi e Paulo Melo voltem para a prisão.
O relator Abel Gomes criticou a decisão da Alerj de revogar a prisão dos três, determinada pelo TRF, e votou pelo restabelecimento da prisão das prisões.
Abel Gomes considerou que Alerj extrapolou suas atribuições constitucionais, ao ordenar a libertação dos três parlamentares após votação na última sexta-feira (17), sem sequer comunicar o TRF2 da decisão.
Abel Gomes também defendeu que se oficie ao presidente do TRF2, desembargador André Fontes, caso a ordem não seja cumprida, um requerimento de encaminhamento ao Supremo Tribunal Federal (STF) de pedido de intervenção federal no estado do Rio de Janeiro.
Outro ponto criticado pelos magistrados foi o impedimento de entrada na Alerj, durante a votação, de uma oficial de Justiça que trazia liminar obrigando a abertura das galerias da Casa a manifestantes.
Todos os desembargadores acompanharam o voto do relator.
Messod Azulay Neto, Paulo Espírito Santo, Simone Schreiber e Marcello Granado fizeram duras críticas à decisão da Alerj de revogar as prisões.
O presidente da 1ª Seção, desembargador Ivan Athié, não votou.
O próximo passo é a expedição de novo mandado de prisão dos parlamentares.
Último a votar, Marcello Granato defendeu que a Alerj “jamais” poderia ter revogado a decisão judicial.
Simone Schreiber, que não estava presente à votação anterior, foi curta e antecipou seu parecer.
Paulo Espírito Santo afirmou que a soltura dos parlamentares, por decisão da Alerj foi “grandiosamente absurda”.
Messod Azulay Neto defendeu eventual pedido por intervenção federal, caso a Casa Legislativa volte a desobedecer ordem judicial.
Outro lado
O advogado Nélio Machado, que defende Picciani, considerou a decisão do TRF2 “ilegal, inconstitucional e infeliz”.
Ele disse que irá recorrer à instância superior.
As demais defesas saíram da sessão do TRF2 sem falar com a imprensa.
Picciani, Albertassi e Melo haviam sido presos, na última quinta-feira (16), por determinação do TRF, mas foram soltos no dia seguinte, após a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovar a revogação da prisão.
MP quer anular sessão da Alerj
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) já entrou com uma ação na Justiça para anular a sessão de sexta-feira da Alerj, que determinou a soltura dos três.
O mandado de segurança do MP argumenta que, mesmo com liminar concedida pela Justiça determinando a abertura da sessão para o público, o presidente em exercício da Alerj durante a sessão, deputado Wagner Montes, e a mesa diretora mantiveram os portões fechados, inclusive com a proteção policial.
Na sexta-feira, a juíza Ana Cecilia Argueso Gomes de Almeida, da 6ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), determinou a liberação das galerias para o público.
Uma oficial de Justiça foi à Alerj com a liminar em mãos, mas foi impedida de entrar pela polícia.

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